O meu horizonte visual brilha com as luzes de Natal e os pensamentos ficam em estado líquido. Um sopro, uma procissão de imagens. Acredito que ainda existe bondade imune à falência, para além do que o calendário traz nesta altura do ano. Acredito que ainda existe Humanidade sem estar mumificada por incertezas e fraquezas.
Em estado líquido fica também o meu tempo, que escorre desapegado contra a minha vontade, e a vontade de estar entre telas. Num mundo escolhido por mim, não haveria economia de tempo, nem economia de pincéis e amor. Em estado líquido, só ficariam as coisas más, para essas escorrerem sem profundidade.
Sofia Martinho
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