À semelhança da técnica usada por Pollock, às vezes sinto que a vida é também assim: um respingar, um 'dripping', de sensações, situações e pessoas, que se entrelaçam para nos tornarmos Nós. Podemos parecer ou sentirmo-nos um fractal expressionista, mas somos um Todo Ser Humano com acumulação de experiências e cores.
Volta e meia temos que ir ao chão, sentirmo-nos por dentro e partir do zero, para voltarmos a ser expressão da nossa existência. Desconexar para voltarmo-nos a conexar: sem metamorfose não descobrimos possibilidades e a nossa vida não passa de roupa cingida ao nosso corpo vertebrado.
À semelhança da técnica usada por Pollock, às vezes podemos ser expressionistas abstratos, delirantes, furiosos, com fases a preto e branco ou de todas as cores... mas nunca seremos vazios e, no fim, o que parece caótico e isento de sentido, fará um Todo: Nós, o Ser Humano, a mais completa obra de arte.
Sofia Martinho
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