Tenho uma relação complicada com Deus.
Aliás, quase inexistente. Não interessa o porquê.
Alguns dias atrás alguém falou-me para ter a sua lembrança nas minhas orações. Na altura, orei, sem professar a Deus algum.
Depois, como não acontecia há muito tempo, fez-me refletir na minha reação: na minha oração.
Sempre acreditei que a Vida, por vezes, não parece mais do que uma forma de feitiçaria... para a qual existe uma magia inaudível, uma supra-realidade (podem chamar-lhe Deus ou destino), que trabalha para nós e por nós. Não sabemos o que esperar ou quem esperar.
As minhas orações têm sempre sempre a ver com o mesmo: querer o Bem e a Felicidade de alguém. Não me interessa ter interlocutor e se é Deus, Jeová, Bodhisattva ou Vixnu (tenho-os quase todos nas prateleiras dos meus livros). Respeito-os a todos de igual maneira.
O meu desejo é sempre o Bem e a Felicidade, mesmo que no momento presente não use um interlocutor divino.
Sofia Martinho
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